Carro a diesel: Manutenção preventiva sem segredos

Mais rápida e econômica a Manutenção Preventiva pode antecipar a identificação e solução de um problema antes mesmo dele aparecer.

 

Você sabe o que é manutenção preventiva?

Conceitualmente, manutenção preventiva está relacionada a revisão e/ou troca de um ou mais componentes antes que ocorra a falha. Em outras palavras, se determinada peça tem uma tendência a falhar com uma certa quantidade de quilômetros rodados ou horas máquina realizadas, a manutenção preventiva deve acontecer antes desse período, eliminando o risco.

Por isso, as revisões são programadas periodicamente para evitar a perda de função de alguns componentes. Um bom exemplo é o lubrificante, cujas reservas alcalinas são consumidas em um determinado tempo de uso, perdendo sua eficiência após esse período.

A manutenção preventiva é a melhor forma de se economizar quando se trata da correta conservação do seu carro. E isso é muito benéfico. Ao se antecipar aos problemas, você com certeza gastará menos que uma manutenção corretiva. Além disso, por ser mais rápida, a otimização do tempo da realização do serviço também é melhorada e você fica com o seu veículo menos tempo parado.

Quando todo o sistema do carro está funcionando corretamente com a manutenção antecipada, o desempenho, consumo e segurança também são garantidos. Você se protege contra potenciais falhas mecânicas e pode diminuir o risco de acidentes, além disso, evita multas por problemas ligados a itens obrigatórios do veículo.

 

E como surgiu o motor a diesel?

Para iniciarmos nosso papo sobre manutenção de motor a diesel, nada melhor que saber como ele foi inventado. Quem poderia imaginar que o surgimento do motor a diesel foi quase que por acaso?

Mas foi. No ano de 1893, o engenheiro francês, porém filho de alemães (por isso o nome), Rudolf Diesel (1858 – 1913) buscava aperfeiçoar as máquinas de vapor da época quando começou a pesquisar sobre um motor de ignição por compressão.

O resultado de suas pesquisas o fez escrever o livro Teoria e construção de um motor térmico racional. A base da sua teoria era o princípio básico de como o motor a diesel trabalha, comprimir rapidamente o ar no motor e injetar combustível, provocando assim uma autoignição.

Com a teoria em mãos, contou com a parceria da empresa alemã MAN (hoje do grupo Volkswagen) para, em 1897, construir o primeiro motor a diesel da história. O grande diferencial dessa nova concepção era o alto grau de rendimento com baixo consumo de combustível.

 

E como funciona o motor a diesel?

Similar ao motor a gasolina do Ciclo Otto, o motor a diesel transforma energia térmica em mecânica, a combustão acontece dentro do cilindro do motor e segue o mesmo princípio dos 4 tempos do ciclo Otto: Admissão, compressão, combustão e descarga.

O primeiro tempo começa com a admissão, quando o ar é alimentado sob pressão da turboalimentação através da válvula de entrada. O segundo tempo é a compressão, onde o pistão sobe comprimindo esse ar admitido dentro do cilindro. Aqui acontece a ignição, em que o óleo a diesel é injetado diretamente nesse ar já comprimido, em uma temperatura altíssima, causando uma combustão instantânea, forçando o pistão para baixo. O último ciclo, o de descarga ou também chamado de exaustão, é responsável por expelir todo os gases formados na ignição com o movimento ascendente do pistão, deixando o sistema pronto para a repetição do processo.

 

Para facilitar a compreensão, elencamos três grandes diferenças em comparação ao motor de ciclo Otto a gasolina de 4 tempos:

  1. Ignição: Enquanto a ignição dos motores a gasolina dá-se a partir de uma faísca elétrica gerada pela vela de ignição antes da máxima compressão na câmara de explosão (dentro do cilindro), no motor a diesel a combustão acontece quando o combustível é injetado e inflamado pelas altas temperaturas geradas pela alta pressão dentro da câmara de combustão.
  2. Taxa de compressão: enquanto no motor a gasolina a taxa varia entre 8:1 a 12:1, no motor a diesel a variação é de 16:1 a 18:1. Para lidar com essa taxa maior, o motor a diesel apresenta maior robustez e seus componentes mais resistência. Graças também à essa taxa mais alta, o motor a óleo diesel tem um maior rendimento, mais eficiência e torque (força).

Por isso, veículos de capacidade de carga de, no mínimo, uma tonelada e movidos a diesel tem a sua         comercialização liberada pela legislação brasileira vigente, sendo a melhor opção para o transporte de cargas pesadas.

  1. Injeção eletrônica: Como todos os tipos de injeção, sua função é misturar o combustível ao oxigênio (comburente). A grande diferença entre a injeção direta, comumente aplicada ao motor a diesel, e a indireta, convencionalmente utilizada no motor a gasolina de ciclo Otto, é a posição do bico injetor.

Na injeção direta, diretamente dentro da câmara de combustão. Na indireta, se localiza no cabeçote, antes da válvula de admissão.

Mas o que isso significa na prática?

Na direta, é somente injetado o diesel na câmara, já com o oxigênio pressurizado e em alta temperatura aguardando o combustível para efetuar a combustão – sem a necessidade de uma faísca elétrica (vela) – como no motor a gasolina.

E, a injeção indireta atua somente quando a válvula de admissão está aberta e, juntamente com o ar aspirado, cria a mistura dentro da câmara, em uma pressão menor, onde a vela gera a faísca que causa a combustão.

Uma curiosidade interessante é que as montadoras estão investindo na tecnologia de injeção direta também nos motores a gasolina/flex, chamada de GDI. Tecnologia essa muito encontrada nos motores mais modernos dos últimos lançamentos automotivos, especialmente nos novos motores tricilíndricos turboalimentados.

 

É verdade que motor a diesel tem a mecânica mais complexa que a gasolina?

O motor a diesel tem fama de ser mais resistente, e é. Seus componentes são mais robustos para aguentarem a alta compressão do funcionamento do motor. A mão de obra deve ser altamente especializada e, por isso, mais escassa.

Embora sua parte elétrica não seja complexa – já que até a ignição se dá sem uso dela -, esse tipo de motor evoluiu muito nos últimos anos, especialmente para se enquadrarem nas regras de emissão de poluentes mundiais, cada vez mais exigentes (ainda bem). Com isso, ganharam um banho de eletrônica e se tornaram mais limpos, porém mais suscetíveis a potenciais problemas e possuem uma manutenção mais cara.

Outro fator que colabora muito para a complexidade do motor a diesel é o sistema de injeção de combustível. As bombas injetoras utilizadas antigamente tinham uma relação direta com o atraso de ignição do motor e precisavam ter o sincronismo perfeito para o seu correto funcionamento. Atualmente carros leves a diesel utilizam sistema de alta pressão de combustível, minimizando a ocorrência da dessincronização do sistema de ignição.

 

Quais são os pontos principais para se atentar à manutenção de um carro leve a diesel?

 

Filtro de combustível

A cada troca do óleo lubrificante, o filtro de combustível deve ser verificado. Recomenda-se a troca conforme o manual do fabricante. Caso esteja escuro, deve ser substituído e uma revisão completa no sistema de alimentação deve ser feita por um especialista.

Veículos que rodam bastante devem ter essa troca realizada em períodos mais curtos para que a peça tenha um bom desempenho e controle a emissão de poluentes.

A PROD possui soluções que contribuem com o aumento da vida útil do óleo lubrificante e evita a troca antecipada do filtro de combustível. Vale a pena consultar.

Aditivo para combustível

Aditivo de combustível diesel PROD
PROD – Limpa Sistema de Injeção Diesel

O uso do aditivo para combustível Limpeza de Sistema de Injeção Diesel, da PROD proporciona os seguintes benefícios:

  • Restaura as condições originais de consumo e potência
  • Permite que a maior potência esteja sempre disponível
  • Otimiza o consumo de combustível
  • Evita problemas com entupimento dos injetores e reduz a emissão de poluentes
  • Proporciona uma maior estabilidade durante armazenagem do diesel, evitando a borra oxidativa ou o verniz
  • Age como antioxidante e anticorrosivo, prevenindo também o envelhecimento precoce do combustível

Filtro de ar

Tem como objetivo reter as partículas sólidas e impurezas do ar. Sua troca deve acontecer também juntamente com a troca do óleo lubrificante. Caso não receba a atenção necessária, pode ocasionar a emissão de fumaça negra e consequente perda de potência, aumento no consumo de combustível, impurezas no cilindro, desgaste prematuro dos componentes, sérios danos no turbo compressor e contaminação do óleo lubrificante.

Casos extremos, as consequências de um filtro de ar de baixa qualidade ou não trocado no prazo correto são enormes. Aumento de componentes metálicos e sílica no óleo lubrificante são fortes indícios de problemas oriundos do filtro de ar, podendo resultar em desgaste de componentes do motor como camisas e anéis.

 

Óleo lubrificante

Tem como funções lubrificar, proteger as superfícies metálicas, combatendo os ácidos de combustão e preservando assim os componentes da corrosão ácida, refrigerar, vedar, limpar e manter limpo todo o motor ao dispersar pequenas sujeiras do sistema. É muito importante que seja seguido estritamente o direcional do fabricante. Invista em óleo lubrificante de qualidade e específico para o tipo de motor, pois ele varia de acordo com o projeto e tecnologia do motor. A sua aplicação de forma errada pode ocasionar a formação de borras, obstrução e o desgaste prematuro do motor.

Dica bônus:

Muito se fala sobre o uso de aditivos para lubrificantes. É importante que tenha cuidado ao fazer uso de qualquer tipo de aditivo para lubrificante ou condicionador de metais, porque embora benéficos, se faz necessário uma avaliação prévia das condições do seu veículo e seu uso a fim de evitar futuros problemas. Consulte um especialista antes.

 

Filtro de óleo lubrificante

Retém partículas metálicas geradas pelo atrito das partes móveis e resíduos carbonizados gerados pela combustão do motor. A sua substituição deve acontecer juntamente com a troca do óleo do motor. Problemas decorrentes da não substituição: Saturação e obstrução por contaminantes, baixo fluxo e pressão do óleo no sistema e desgaste das partes móveis do motor.

 

Turboalimentação e intercooler

Hoje em dia todos os motores a diesel são equipados com os sistemas turbo e intercooler. Isso permite que o volume da massa de ar que entra no cilindro seja maior, ocasionando um aumento de torque (força).

Além disso, o fato permite que os motores estejam preparados para lidar com um boost superior, reduzindo as perdas no momento de admissão, deixando o motor ainda mais eficiente e diminuindo o turbolag (a demora em o turbo “encher” e despejar o torque já em baixa rotação).

O sistema de turboalimentação, se forem feitas as devidas manutenções não costuma quebrar. Os problemas podem aparecer por sujeiras nos filtros, bomba injetora desregulada ou óleo lubrificante vencido.

Dica bônus:

Por isso é de extrema importância que se atente à condição do filtro de ar, a limpeza das mangueiras, conexões e tubulação da linha de lubrificante, verificando se não estão ressecadas, dobradas ou amassadas e, por último, mas não menos importante, troque o filtro no período indicado pelo fabricante.

 

Líquido de arrefecimento

Durante o correto funcionamento do motor, boa parte da energia do combustível se transforma em calor, a maior parte é eliminada pelo escapamento. Entretanto, o restante é dissipado pela água, óleo e ar e, é nessa parte que atua o sistema de arrefecimento.

Os principais problemas podem ocorrer pela falta de manutenção preventiva e perda de parte do líquido de arrefecimento. Para o segundo problema desaconselhamos o costume de preencher com água comum, isso pode causar um gigante prejuízo a curto prazo.

O ideal é fazer uma avaliação com um especialista para identificar possíveis vazamentos e, em caso de realmente existir um, verificar se o tamanho do dano é grande o suficiente para que o líquido vaze e entre em contato com alguma parte quente do motor, o que causaria um problema ainda maior.

Aconselhamos no momento da manutenção preventiva do fluido, seguir estritamente o indicado pelo fabricante que fornece a proporção ideal entre água desmineralizada e aditivo recomendado.

Nós da PROD temos soluções para o líquido de Arrefecimento PRONTO PARA USO E CONCENTRADO.

 

Correias de acessórios

São componentes do sistema que são responsáveis por acionar itens essenciais para o correto funcionamento do motor que são: alternador, ar condicionado, sistema de direção elétrica ou hidráulica.

Devem ser verificados quanto à existência de rachaduras e fissuras, desgaste excessivo, alinhamento entre polias, tensão correta e contaminação por graxa ou óleo. É um item cuja troca deve seguir o plano de manutenção periódica fornecido pelo fabricante ou caso alguma das avarias citadas seja identificada.

 

Sistema DPF e EGR

O Filtro de partículas de diesel tem como objetivo eliminar as partículas de diesel dos escapes dos veículos, juntamente com o EGR que é a Recirculação dos Gases de Escape. Serve para reciclar os gases dentro do motor, diminuindo assim a formação de óxido de nitrogênio, antes de serem expelidos pelo escapamento.

Quando apresentam problemas, podem aumentar o consumo de combustível e a emissão de gases poluentes na exaustão.

O ponto de atenção aqui é a limpeza dos componentes que é a principal causa de problemas geralmente não necessitando de substituição.

Vale destacar que os aditivos PROD diminuem os ciclos de autolimpeza (regeneração) do filtro DPF, evitando gastos e problemas futuros. Além do mais, a PROD traz o REGENERADOR DPF para concessionárias e oficinas com formulação premium para limpeza profunda do sistema. Saiba mais (link)

 

Contaminação do sistema de combustível

Uma das principais causas do desgaste prematuro do sistema de injeção, a contaminação do combustível, pode acontecer por duas razões:

Por água

A água no combustível pode surgir pela condensação dentro dos tanques em decorrência da mudança de temperatura, seja pelo uso ou mesmo pelo armazenamento; ou pelo uso de um diesel de baixa qualidade ou, por último, pela limpeza inadequada dos tanques, podendo deixar um resíduo de água no componente.

Por micropartículas

Podem entrar por tampas mal vedadas ou respiros abertos, também durante o uso ou no momento de armazenamento. Também pode acontecer pelo uso de filtros que não seguem as especificações exigidas pelo fabricante ou mesmo pelo desgaste do equipamento que impede seu correto funcionamento, barrando essas micropartículas.

O que essa contaminação pode ocasionar:

  • Proliferação microbiana.
  • Formação de borras oxidativa e microbiana.
  • Obstrução de filtro e tubo de sucção.
  • Corrosão de componentes metálicos como bomba e bicos injetores.

Checklist da Manutenção Preventiva do motor a diesel

 

 

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