Já ouviu falar da nova gasolina?

Vamos explicar tudo sobre o novo combustível neste artigo.

 

Por que a nova gasolina existe?

Para explicar por que a nova gasolina existe, precisamos voltar para o ano de 2017, quando em veículos recém-fabricados, foram relatados, por clientes e até por montadoras, um aumento anormal no nível do consumo de combustível e, em alguns casos, até quebra de motores.

Essas reclamações foram ouvidas pela maior fabricante de combustíveis fósseis do país, a Petrobrás, que encabeçada pelo seu especialista em novos produtos e também diretor de combustíveis da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva – AEA, Rogério Gonçalves, deu o ponta pé inicial no desenvolvimento de uma nova gasolina.

Foi criada uma comissão técnica entre Petrobras, Agência Nacional do Petróleo (ANP) e montadoras atuantes em território nacional para testar e avaliar a gasolina vendida no país. Foi constatado que o nível de octanagem estava muito baixa, especialmente se comparado à gasolina vendida em outros países, isso ajuda a explicar parte dos problemas de alto consumo e também os danos aos motores de carros novos.

 

Resolução da ANP

Foi criada então a Resolução n. 807/2020, publicada pela ANP em janeiro de 2020. Ela estabelece um novo padrão de destilação, octanagem e massa específica da gasolina automotiva.

Com esses novos moldes, ganhamos muito em qualidade e aproximamos o padrão com a gasolina comercializada na Europa. “Outro ponto importante em relação a nova gasolina, é que a mesma está mais alinhada com os níveis de emissões mais rigorosos requeridos pelas fases futuras L-7 e L-8 do Proconve e do Programa Rota 2030”, reforça Clara Simões, Especialista de Serviços Técnicos – Innospec.

 

Quando a mudança passa a valer?

As novas especificações das gasolinas tipo C (Comum) e premium definidas pela ANP estão disponíveis nos postos em território nacional desde o dia 03 de agosto de 2020.

 

O que exatamente mudou na nova gasolina?

São três as mudanças principais:

  1. A exigência de uma massa específica mínima.

Massa específica é a quantidade de substância em um determinado volume. Se ela é muito baixa, o conteúdo energético por litro também é menor, o que impacta diretamente no aumento de consumo do motor.

O padrão mínimo agora é 715kg/m3, o que significa que um litro de gasolina deve pesar 715 gramas. Antigamente não existia um indicador.

Com essa especificação definida, o processo de fiscalização se torna mais fácil porque as adulterações acabam por muitas vezes reduzindo a massa específica da gasolina.

Os fiscais já foram munidos do densímetro, ferramenta que consegue mensurar a densidade do combustível ofertado de maneira bastante eficiente. Identificando uma gasolina fora dos padrões, esses profissionais podem autuar o estabelecimento na hora, antes mesmo de levarem as amostras ao laboratório.

 

  1. Octanagem

É o nível de resistência à detonação precoce da mistura ar-combustível no motor. Durante o processo de admissão no motor de 4 tempos, quando a mistura gasolina e oxigênio entra na câmara de combustão, o pistão se movimenta pressionando a mistura, até que a vela solte a faísca que promove a explosão. A octanagem identifica o quanto a gasolina pode ser pressionada sem acontecer a detonação precoce (batida de pino).

Segundo Clara Simões, a nova especificação definiu o valor do Número de Octano Pesquisa (RON) para a gasolina comum e a gasolina premium, um valor mínimo para Número de Octano Motor (MON) para gasolina premium e remoção da característica IAD (índice antidetonante).

Nº de Octano Motor – MON, mín. Gasolina comum 82,0 Gasolina Premium 87,0
RON, mín. Gasolina comum 93,0 Gasolina Premium 98,0

A quantidade de octanos é diretamente proporcional ao nível de resistência da gasolina à detonação. Quanto mais octanos, mais próximo ao nível de eficiência ideal ele vai estar, evitando problemas desde a batida de pino até mesmo à falhas graves no motor.

 

  1. Destilação

“A destilação garante um volume adequado de combustível de perfil médio que gera melhora no desempenho do motor, melhor dirigibilidade e menor tempo de resposta na partida a frio e aquecimento adequado do motor. Afeta principalmente a dirigibilidade”, destaca a Especialista.

Antes de 03 de agosto de 2020, havia apenas um teto de 80°C para a destilação, agora com a nova resolução, foi introduzida a temperatura mínima de 77 °C para a destilação de 50% da gasolina.

 

Qual a diferença na vida do consumidor?

De acordo com especialistas, embora o litro da nova gasolina seja ainda mais caro do que estamos acostumados, a mudança será ótima aos consumidores que irão se beneficiar com uma gasolina com melhor qualidade e um desempenho maior.

Essas mudanças fazem com que o combustível se modernize, se aproximando aos padrões internacionais e acompanhando a evolução técnica dos fabricantes de motores.

Com essa melhora, os motores se tornam menos poluentes, mais eficientes e mais econômicos, além de estender a vida útil do motor que trabalha de forma mais eficaz.

Além disso, com essas alterações, serão dificultadas as adulterações por facilitar a fiscalização, graças aos novos parâmetros de produção da nova gasolina.

 

O consumidor terá algum benefício?

Se você já abastece seu veículo exclusivamente com gasolina, terá um funcionamento mais uniforme. Agora, os veículos flex que possuem um melhor desempenho com etanol, terá a diferença de performance entre os dois tipos de combustível reduzida. Ou seja, o novo padrão de gasolina aponta o combustível fóssil como favorito.

Importante lembrar que motores novos, dotados de injeção direta e turbo, se beneficiam diretamente com o novo padrão de octanagem.

Mas não se engane, a nova formulação não deixará o motor mais potente, mas sim ajudará seu veículo a performar como deveria.

Agora se você está se perguntando, será que a nova gasolina será mais econômica, a resposta é sim. Como falamos há pouco a massa específica mínima da nova gasolina é maior, o que significa maior densidade de energia. Assim, com o mesmo volume da nova gasolina pode-se extrair mais energia quando comparada à gasolina antiga.

Segundo a Petrobras, a economia pode chegar até 6% no consumo e será muito mais perceptível em motores novos com injeção direta e turbocompressor.

  

Será que o preço da nova gasolina será maior?

De fato, a Petrobras alega que a fabricação da nova gasolina é mais cara.

A empresa afirma que o ganho de rendimento compensa a diferença de preço da gasolina, porque o consumidor vai rodar mais quilômetros por litro.

No entanto, a Petrobras informa que a nova gasolina já está disponível na maioria das bombas desde o início deste ano.

Desta maneira se você perceber valores sendo alterados o motivo será outro, já que fabricação é apenas um dos fatores determinantes ao preço final. Na conta da cotação do barril de petróleo, frete e câmbio somam juntos ao cálculo final.

 

Vale a pena utilizar aditivos mesmo utilizando a nova gasolina?

Apesar da nova gasolina possuir uma melhor mistura e maior densidade de massa, a responsabilidade de limpeza do motor é do Aditivo.

Assim, não deixe de cuidar do coração do seu veículo, utilize os aditivos PROD para manter a saúde do seu carro e do seu bolso.

“Os aditivos PROD vão auxiliar na limpeza das válvulas de admissão dos motores PFI e na limpeza dos injetores dos motores com tecnologia GDI.

Uma maior limpeza dos injetores nesses motores, leva a um menor tempo de injeção de combustível, refletindo em um menor consumo e na redução de emissões de particulados, ajudando os motores a cumprirem com as normas ambientais de emissões.

Além do cuidado com o motor e meio ambiente, os aditivos ainda vão promover uma recuperação de potência e uma melhor dirigibilidade, maior eficiente energética e menor consumo”, enfatiza a Especialista de Serviços Técnicos – Innospec, Clara Simões.

 

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